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Câmaras Setoriais
Equívoco no combate à pandemia
04/06/2020 - 10:28  
  
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Autor: Sergio Vilela

Na maior parte das vezes, apresento aqui informações sobre ações que buscamos para encontrar soluções para problemas. Hoje, apresento uma opinião sobre um enorme equívoco que a maior parte das instituições está a cometer no que se relaciona à pandemia do Covid-19.
Não há mais qualquer sombra de dúvida de que a dimensão da saúde é a mais afetada e a mais essencial para a sobrevivência das pessoas. No entanto, esta é apenas uma dimensão, por mais importante que ela seja e é. Para que ocorra o equilíbrio da vida social, outras dimensões também precisam vir à tona para se conectarem à da saúde fazendo com que a harmonia da vida social possa voltar a acontecer. Dentre estas, a dimensão econômica passa a ser, a partir de agora, a “bola da vez”. É aqui que podemos encontrar um profundo equívoco que está em vias de, também, trazer profundas e duradouras consequências para a vida das pessoas. Refiro-me ao abandono ao qual as empresas têm sido submetidas até agora. É também inacreditável que gestores públicos tenham tanta dificuldade para enxergar que as duas coisas (saúde e economia) precisam andar juntas. A palavra mágica é “crédito financeiro”. Não adianta abrir as empresas se não há mais empregados, nem capital de giro pra comprar insumos, nem dinheiro para o consumo. Também não há a mesma disposição dos consumidores para se aglomerarem em ambientes coletivos. É PRECISO PRESERVAR A SAÚDE DAS EMPRESAS e o emprego. Isto só é possível com a oferta de crédito em condições muito especiais. É preciso que o próprio governo ofereça as garantias, que a inadimplência seja postergada, que a exigência burocrática seja extremamente reduzida e que haja apoio técnico aos micro e pequenos empresários para apresentar suas demandas por meio eletrônico já que não há (e nem deve haver) atendimento presencial nas instituições financeiras. Mas o mais grave é que não há mais tempo pra esperar. As empresas e os empregos já estão morrendo. A última medida anunciada pelo governo federal que visa disponibilizar garantias aos empréstimos só estará regulamentada em aproximadamente 30 dias. Isto é grave. Não podemos esperar mais tanto tempo. É necessário uma maior mobilização do setor empresarial visando acelerar esse processo e visando obter condições viáveis de contratação de empréstimos. Está sendo divulgado em toda a imprensa que os bancos não estão emprestando. As empresas não conseguem acesso por motivos diversos e o limite da espera já foi atingido. É preciso uma mobilização de todo o setor público para oferecer suporte técnico às empresas. Enfim, é preciso reagir e mobilizar.
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